segunda-feira, 19 de julho de 2010

Poesias inscritas no concurso

Dor da Guerra



Pela janela vejo um lugar devastado

Vejo pessoas andando sem vida, soldados feridos, comandantes armados.



Vejo fumaça, escombros, inocentes peregrinos.

Perambulando com seus olhos fundos, insanos e seus rostos finos.



Não existe o azul do céu

Assustadoras cores sombrias fazem parte de nossas visões

E a poeira é o arco íris dos fogos nas explosões.



A dor de cada um tornou-se sua sina

A guerra ceifou a vida em todo canto em cada esquina

Como um animal selvagem e sua ameaçadora garra felina.



Homens competentes e seus atos intelectuais

Por que trocaram o arado por essas armas mortais?



Artilharia e seus ferimentos como estratégias de paz

Mas a solidão da perda os faz sem filhos sem mães e sem pais.



Irá um dia o sol reluzir sobre toda a terra;

Não sabe o homem que o sofrimento ainda se alastra com o fim da guerra?



O combate é a tática da sobrevivência

A fome, a luta, a dor põe fim a qualquer inocência.

E não é com mísseis ou sua ogiva que se faz uma grande potencia



Da janela vejo um mundo sem esperança

Mas sou rapidamente acordado pelo dolorido choro de uma criança.



Da janela vejo no céu estranhos aviões

E vejo em meu corpo as marcas das feridas nas explosões.



Nenhum arsenal nuclear fez do homem um vencedor,

O holocausto das guerras impeliu uma era de pavor

Será que nunca se acaba o desejo de ser matador?



A dor da guerra esta doença fatal

Até quando o homem vai ignorar o que será dele no juízo final?
( By Tery)

quinta-feira, 24 de junho de 2010

(OS VOTOS - SERGIO JOCKYMAN) MAIS CONHECIDO COMO DESEJOS ( VITOR HUGO)

Desejo




Desejo primeiro, que você ame,

e que amando, também seja amado.

E que se não for, seja breve em esquecer

e esquecendo não guarde mágoa.

Desejo pois, que não seja assim,

mas se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos,

que mesmo maus e inconseqüentes,



sejam corajosos e fiéis,

e que em pelo menos num deles

você possa confiar sem duvidar.



E porque a vida é assim,



desejo ainda que você tenha inimigos;

Nem muitos, nem poucos,





mas na medida exata para que, algumas vezes,

você se interpele a respeito

de suas próprias certezas.



E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,

para que você não se sinta demasiado seguro.



Desejo depois que você seja útil,

mas não insubstituível.

E que nos maus momentos,



quando não restar mais nada,

essa utilidade seja suficiente

para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante;

não com os que erram pouco, porque isso é fácil,

mas com os que erram muito e irremediavelmente,

e que fazendo bom uso dessa tolerância,

você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você sendo jovem

não amadureça depressa demais,

e que sendo maduro, não insista em rejuvenescer

e que sendo velho, não se dedique ao desespero.



Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e

é preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste;

não o ano todo, mas apenas um dia.

Mas que nesse dia descubra

que o riso diário é bom;



o riso habitual é insosso

e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra,

com o máximo de urgência,

acima e a despeito de tudo, que existem oprimidos,

injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,

alimente um cuco e ouça o João-de-barro

erguer triunfante o seu canto matinal;



porque assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,

por mais minúscula que seja,



e acompanhe o seu crescimento,

para que você saiba de quantas

muitas vidas é feita uma árvore.



Desejo outrossim, que você tenha dinheiro,

porque é preciso ser prático.

E que pelo menos uma vez por ano

coloque um pouco dele

na sua frente e diga "Isso é meu",

só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum dos seus afetos morra,

por ele e por você,

mas que se morrer, você possa chorar



sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo um homem,

tenha uma boa mulher,

e que sendo uma mulher,

tenha um bom homem

e que se amem hoje, amanhã e no dia seguinte,

e quando estiverem exaustos e sorridentes,

ainda haja amor para recomeçar.

E se tudo isso acontecer,

não tenho nada mais a te desejar.

IMPORTANTE: esta poesia, de autoria de Sergio Jockymann, publicada em 1980 no Jornal Folha da Tarde, de Porto Alegre-RS, circula na internet como sendo de autoria de Victor Hugo, e assim foi publicada  com o título 'Desejos'.

Para que seja dado crédito a quem de direito,
desfazemos o equívoco.

CHUVA (BY TERY)

CHUVA FINA, COMO A NÉVOA. DA AUSENCIA, DA FALTA DO QUE VIVI,

AH! CHUVA FINA QUE REGA A SAUDADE,

DE TANTOS DIAS SEM VOCÊ, QUE POR MINHA CULPA PERDI.

CHUVA QUE DE GOTA EM GOTA ENCHARCA.

COMO A BRUMA QUE SE TORNOU AGUACEIRO.

MOLHANDO MEUS OLHOS, LÁGRIMAS NO MEU TRAVESSEIRO.

E SOU TRAGADA POR ESSA CHUVA FINA QUE POLVILHA A TERRA

E PELOS SONHOS DESFEITOS,

PELA SOLIDÃO QUE SILENCIOSA EM MEU PEITO BERRA.

CHOVE DENTRO DE MIM, TEMPESTADE; CHUVA ATREVIDA,

CHUVA QUE ESCORRENDO ARRASTA A ALMA,

QUE ESCORRE A PRÓPRIA VIDA.

QUISERA COLHER EM PINGOS, SORVER DE SUA BOCA,

BEIJOS NÃO BEIJADOS,

QUE ME TIRAM O SONO, COMO A CHUVA SEM TRÉGUA,

FINA, GAROANDO NESSE ABANDONO.

TERY



AO REPASSAR DE CRÉDITOS AO AUTOR

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PENSAMENTO DO DIA

TODO SOPRO QUE APAGA ESSA CHAMA, REACENDE O QUE FOR PRA FICAR. (TEATRO MÁGICO)