quinta-feira, 24 de junho de 2010

(OS VOTOS - SERGIO JOCKYMAN) MAIS CONHECIDO COMO DESEJOS ( VITOR HUGO)

Desejo




Desejo primeiro, que você ame,

e que amando, também seja amado.

E que se não for, seja breve em esquecer

e esquecendo não guarde mágoa.

Desejo pois, que não seja assim,

mas se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos,

que mesmo maus e inconseqüentes,



sejam corajosos e fiéis,

e que em pelo menos num deles

você possa confiar sem duvidar.



E porque a vida é assim,



desejo ainda que você tenha inimigos;

Nem muitos, nem poucos,





mas na medida exata para que, algumas vezes,

você se interpele a respeito

de suas próprias certezas.



E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,

para que você não se sinta demasiado seguro.



Desejo depois que você seja útil,

mas não insubstituível.

E que nos maus momentos,



quando não restar mais nada,

essa utilidade seja suficiente

para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante;

não com os que erram pouco, porque isso é fácil,

mas com os que erram muito e irremediavelmente,

e que fazendo bom uso dessa tolerância,

você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você sendo jovem

não amadureça depressa demais,

e que sendo maduro, não insista em rejuvenescer

e que sendo velho, não se dedique ao desespero.



Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e

é preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste;

não o ano todo, mas apenas um dia.

Mas que nesse dia descubra

que o riso diário é bom;



o riso habitual é insosso

e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra,

com o máximo de urgência,

acima e a despeito de tudo, que existem oprimidos,

injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,

alimente um cuco e ouça o João-de-barro

erguer triunfante o seu canto matinal;



porque assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,

por mais minúscula que seja,



e acompanhe o seu crescimento,

para que você saiba de quantas

muitas vidas é feita uma árvore.



Desejo outrossim, que você tenha dinheiro,

porque é preciso ser prático.

E que pelo menos uma vez por ano

coloque um pouco dele

na sua frente e diga "Isso é meu",

só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum dos seus afetos morra,

por ele e por você,

mas que se morrer, você possa chorar



sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo um homem,

tenha uma boa mulher,

e que sendo uma mulher,

tenha um bom homem

e que se amem hoje, amanhã e no dia seguinte,

e quando estiverem exaustos e sorridentes,

ainda haja amor para recomeçar.

E se tudo isso acontecer,

não tenho nada mais a te desejar.

IMPORTANTE: esta poesia, de autoria de Sergio Jockymann, publicada em 1980 no Jornal Folha da Tarde, de Porto Alegre-RS, circula na internet como sendo de autoria de Victor Hugo, e assim foi publicada  com o título 'Desejos'.

Para que seja dado crédito a quem de direito,
desfazemos o equívoco.

CHUVA (BY TERY)

CHUVA FINA, COMO A NÉVOA. DA AUSENCIA, DA FALTA DO QUE VIVI,

AH! CHUVA FINA QUE REGA A SAUDADE,

DE TANTOS DIAS SEM VOCÊ, QUE POR MINHA CULPA PERDI.

CHUVA QUE DE GOTA EM GOTA ENCHARCA.

COMO A BRUMA QUE SE TORNOU AGUACEIRO.

MOLHANDO MEUS OLHOS, LÁGRIMAS NO MEU TRAVESSEIRO.

E SOU TRAGADA POR ESSA CHUVA FINA QUE POLVILHA A TERRA

E PELOS SONHOS DESFEITOS,

PELA SOLIDÃO QUE SILENCIOSA EM MEU PEITO BERRA.

CHOVE DENTRO DE MIM, TEMPESTADE; CHUVA ATREVIDA,

CHUVA QUE ESCORRENDO ARRASTA A ALMA,

QUE ESCORRE A PRÓPRIA VIDA.

QUISERA COLHER EM PINGOS, SORVER DE SUA BOCA,

BEIJOS NÃO BEIJADOS,

QUE ME TIRAM O SONO, COMO A CHUVA SEM TRÉGUA,

FINA, GAROANDO NESSE ABANDONO.

TERY



AO REPASSAR DE CRÉDITOS AO AUTOR

Total de visualizações de página

PENSAMENTO DO DIA

TODO SOPRO QUE APAGA ESSA CHAMA, REACENDE O QUE FOR PRA FICAR. (TEATRO MÁGICO)