domingo, 12 de abril de 2015

Pois voltei. 

Voltei de tantas andanças, e de andar eu andei em busca de algumas lembranças. Tempo de sussurros dos segredos do afoitar de um coração. De pés descalços nas nuvens, de pés descalços no chão. 
Voltei e parecia mentira mas uma lágrima ainda corria, minha lágrima primeira. Gota cristalina, insípida, verdadeira. 
Pois voltei. 
Voltei livre de pesos acorrentados à vida, como o frescor de um talco aliviando a ferida. De onde o fim foi meu ponto de partida.
Voltei do primeiro amor, da saudade e da ilusão. Voltei de onde nem pude chegar, de onde eu não tinha chão.
Pois voltei.
Trouxe comigo o sabor da mocidade, desta que sou por inteiro, cem por cento mulher. Pois voltei bem mais que flor, muito mais que um bem me quer.
Destino encontrado. Desejo plenamente satisfeito. Rotas percorridas sem adeus. Caminhos sem despedidas.
Voltei de onde tudo era apenas a metade.
Voltei e sei que aqui é onde posso ser eu de verdade.
(By Tery) 

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